A deputada cearense Dr. Silvana (PL) criticou, nesta quarta-feira, 16, a resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) que reconhece as religiões de matriz africana como locais promotoras de saúde complementares do Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida destaca a importância das religiões afro como complementares ao SUS, estabelecendo a saúde como um direito universal.
Em sua fala, Silvana teve apoio dos deputados Apóstolo Luiz Henrique (Republicanos) e Alcides Fernandes (PL). Os parlamentares são evangélicos e consideram a resolução uma “perseguição aos cristãos”.
“Jamais uma ministra da Saúde, um governo pode colocar isso aqui em um conselho, deliberar que uma religião só é capaz de ser local de promoção de saúde”, contestou a deputada.
Ela comentou acerca das ações das igrejas cristãs na promoção de saúde, principalmente durante o período da pandemia de covid-19.
“Na resolução não se refere a outras religiões, mas sobre as religiões de matrizes africanas. Só elas são promotoras de saúde? São apenas 2% da população”, disse a deputada.
A parlamentar defendeu a destituição da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Silvana ainda acrescentou que dará entrada em uma representação questionando o Conselho Regional de Medicina e o Conselho Nacional de Medicina sobre o fato, bem como com uma ação no Ministério Público.
O deputado Apóstolo Luiz Henrique afirmou, por sua vez, que há uma preferência do governo pelas religiões de matriz africana e uma perseguição à igreja cristã.
Já o deputado Alcides Fernandes criticou o Governo Lula (PT) pelas ações, que julgou um ataque à família, e a resolução do CNS.