

O retorno à realidade, nesta Quarta-Feira de Cinzas pós-Carnaval, coloca na ordem do dia as eleições municipais de 2024.
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Articulações partidárias, cálculos eleitorais e estratégias de comunicação vão para o topo da agenda política.
Como objetivo principal, grupos e personagens querem chegar, manter-se ou voltar ao poder.
No Ceará, as 184 gestões municipais estarão em disputa – juntamente com cerca de 2,2 mil cadeiras de vereador.
Panorama mudou
Desde o último pleito municipal, em 2020, houve fortes mudanças no panorama político estadual.
O PDT de Ciro Gomes, por exemplo, não é mais o maior partido do Estado. Nem o PSD de Domingos Filho, o segundo.
Atualmente, o PT de Camilo Santana e o PSB de Cid Gomes detêm os maiores números de prefeitos filiados.
As alterações, certamente, refletirão na campanha e no resultado das urnas.
Mas um ponto não mudou.
Capital do Estado, Fortaleza segue joia da coroa. É, de muito longe, o principal objeto do desejo político-eleitoral do Ceará.
Caucaia, Maracanaú, Juazeiro do Norte, Sobral e outros municípios relevantes fecham a lista de pleitos prioritários.
Virada de página
Em regra geral, anos pares pressionam, no limite, os administradores públicos.
É tempo de orçamentos recordes, benfeitorias e novos projetos – mesmo que a maioria das prefeituras esteja de pires na mão.
Mas não tem jeito: com a chegada da Quaresma, a página é virada.
Fica para trás, por exemplo, o papo mole, desconversando, que muitos adotam antes do Carnaval.
Agora, é entrar de vez no jogo e ocupar os espaços – antes que os adversários o façam.
Daqui para frente, parlamentos viram palanques; entrevistas se transformam em peças de propaganda.
Redes sociais serão vitrines e reuniões, troca de promessas e outras coisas.
Nos próximos meses, haverá muitos encontros e desencontros – alguns aliados virarão adversários e vice-versa.
A luta pelo poder costuma, inclusive, requentar o velho debate sobre projetos para além dos próprios interesses.
A propósito disso, como está o planejamento de desenvolvimento dos municípios, focado na qualidade de vida das pessoas?
Eis uma das perguntas que, de agora em diante, precisam ser feitas – e respondidas.