
Nos últimos anos, a alta constante nos preços dos alimentos tem preocupado os brasileiros. Itens essenciais como arroz, ovos, feijão, leite, frutas e grãos estão significativamente mais caros, refletindo uma pressão crescente sobre o orçamento familiar.
Siga o Poder News no Instagram.
Entre os principais fatores que impulsionam essa alta, as mudanças climáticas se destacam por afetar drasticamente a produção agrícola.
Com eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, como secas prolongadas e enchentes severas, a disponibilidade de alimentos no mercado se torna mais instável, impulsionando os preços para cima e afetando tanto produtores quanto consumidores.
Cássia Pascoal, coordenadora de relacionamento comunitário e educação ambiental da Associação Caatinga, explica que esse fenômeno, conhecido como “heatflation”, que é a inflação impulsionada pelo calor, tem sido uma das principais consequências desse novo cenário.
“Um estudo na revista Nature indicou que o aumento das temperaturas pode elevar os preços dos alimentos entre 0,92% e 3,23% ao ano até 2035. No Brasil, essa realidade já impacta diretamente a população, especialmente as famílias com menor poder aquisitivo, que dedicam uma parcela significativa de sua renda para a alimentação”, enfatiza a profissional.