
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda (SPE) revisou para cima a estimativa de crescimento da economia brasileira em 2025, passando de 2,3% para 2,4%, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta segunda-feira (19).
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A projeção de inflação, medida pelo IPCA, também subiu, de 4,9% para 5%, acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 4,5%.
O ajuste no PIB foi motivado por uma expectativa mais positiva para a agropecuária e uma previsão de crescimento de 1,6% no primeiro trimestre, frente aos 1,5% estimados anteriormente. Apesar disso, a SPE prevê desaceleração da economia no segundo semestre. Para 2026, a estimativa de crescimento permanece em 2,5%.
A projeção de inflação também aumentou para 2026, de 3,5% para 3,6%. A SPE atribui a alta nas estimativas atuais a pequenas surpresas no índice de março e ajustes marginais nas expectativas para os próximos meses. A partir de setembro, a expectativa é que a inflação comece a cair de forma mais consistente.
Nos setores produtivos, houve revisão positiva para a agropecuária, cuja expectativa de crescimento passou de 6% para 6,3%, impulsionada pelas boas perspectivas para as safras de soja, milho e arroz. A indústria manteve a projeção de crescimento em 2,2%, e os serviços passaram de 1,9% para 2%.
Outros índices de inflação também foram ajustados. O INPC, que influencia o salário mínimo e as aposentadorias, foi revisto de 4,8% para 4,9%.
Já o IGP-DI, sensível ao dólar e que inclui preços no atacado e na construção, recuou de 5,8% para 5,6%. Esses dados servirão de base para o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, a ser divulgado em 22 de maio, e podem influenciar o bloqueio de gastos não obrigatórios com base nas metas fiscais.