Após Abin, Ramagem foi deputado federal e hoje é candidato à Prefeitura do RJ / Zeca Ribeiro/Câmara Federal

O ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin), o delegado Alexandre Ramagem presta depoimento, nesta quarta-feira, 17, na sede da na Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro.

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A oitiva é parte da nova fase da operação Última Milha, da PF, deflagrada no último dia 11 de julho.

Na ocasião, Ramagem trará esclarecimentos sobre o possível uso ilegal de sistemas da Abin para espionar autoridades e desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O esquema teria ocorrido durante a gestão de Ramagem.

A PF aponta que o ex-diretor é o responsável por gravar uma reunião que contou com a participação de Bolsonaro.

O sigilo foi quebrado na última segunda-feira, 15, pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No áudio, é exposto um plano para interromper investigações contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho de Jair.

Em 2020, Flávio foi denunciado pelo Ministério Público por suspeita de participar de “rachadinha” em seu gabinete quando era deputado estadual.

Segundo a PF, na reunião gravada, os participantes buscaram maneiras de descredibilizar as investigações usando órgãos do governo.

Ainda, Ramagem deve ser questionado sobre um encontro com o atual diretor da agência, o delegado federal Luiz Fernando Corrêa.

Segundo informações, a reunião teria acontecido dentro da Abin, em junho do ano passado.

A Polícia Federal deve questionar, ao longo desta semana, mais testemunhas e servidores da Abin.

Até o momento, cinco pessoas foram presas durante a operação.

A Polícia Federal apontou que os acusados participaram do trabalho de monitoramento ilegal.

Além disso, estariam envolvidos no gabinete do ódio de Bolsonaro – grupo que disseminava notícias falsas e atacava adversários políticos do ex-presidente.

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