O presidente da Federação das Industrias do Estado do Ceará (Fiec), Ricardo Cavalcante, apontou as vantagens e impactos positivos que a produção do hidrogênio verde (H2V) possibilitará ao estado do Ceará, durante a sessão especial nesta sexta-feira, 26, na Assembleia Legislativa, para debater o tema.
De acordo com Ricardo Cavalcante, o Ceará sai na frente de outros estados não só pelos seus potenciais naturais, mas por já discutir o assunto no âmbito da federação há mais de dois anos.
Ricardo Cavalcante disse que é importante que todos compreendam o impacto dessa nova matriz energética para o mundo e que o Ceará é o melhor lugar do planeta para sua produção, pelo seu potencial em gerar energia eólica e solar.
“Por meio do eletrolisador, que comprime e armazena o hidrogênio verde, faremos o seu devido transporte para que este seja utilizado em transportes, combustíveis sintéticos, fertilizantes, na produção metalúrgica, indústria química, farmacêutica e alimentícia, além da geração de energia”, afirmou Ricardo.
O presidente salientou ainda como essa nova matriz energética mudará a vida da população, e o principal, emprego e renda no Ceará.
“A expectativa é que empreguemos mais de 100 mil pessoas para as obras dessas indústrias. Não tenho dúvidas de que nos próximos cinco ou sete anos dobraremos o PIB cearense”, declarou Ricardo.
Representando o setor financeiro, o vice-presidente do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Jorge Arbache, lembrou que o foco principal de todos deve ser o combate à pobreza que a produção do hidrogênio verde possibilitará ao Ceará.
“Temos a chance de desenvolver toda uma região por meio dessa atividade. O Nordeste tem capacidade de produzir o quilo do hidrogênio de forma barata, segura e abundante. E o que fazer com esse potencial? Incentivar a instalação das indústrias de produção de energia renovável, atendendo a necessidades de Europa, China e outros lugares”, explicou Jorge Arbache
O Diretor-presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), Hugo Figueiredo ressaltou a estrutura e qualificação de mão de obras ofertadas pelo complexo como vantagem para o Ceará em comparação a outros estados.
“No porto temos 80 mil empregos gerados, mais de 60 empresas atuando naquela região e o só crescemos a cada ano. Temos muito orgulho em mostrar que nosso Estado está preparado para receber essas empresas, pois teremos mão de obra qualificada e todo um sistema público”, destacou Hugo.