Os Estados Unidos (EUA) demonstram dar palco para que a negociação costurada por Brasil, Colômbia e México seja a prioridade das tratativas com a Venezuela após a eleição presidencial, realizada no último domingo, 28.
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O subsecretário interino de Estado para o Hemisfério Ocidental, Mark Wells, afirmou à imprensa nesta terça-feira, 6, que Washington apoia o esforço dos três governos.
Além disso, afirmou que o governo estadunidense que apoiará qualquer forma de diálogo cunhada pelo trio junto à oposição e o regime da Venezuela.
Wells foi questionado sobre quais garantias os EUA estariam dispostos a oferecer à ditadura sul-americana nesta mesa de negociação.
Contudo, o representante disse que a diplomacia americana não comentaria o que está em jogo nas negociações, mas de que favorecerá as tratativas de Brasil, Colômbia e México.
O canal de diálogo com Maduro vem sendo costurado por países com governos de turno progressistas.
Os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador (ou AMLO) pedem que Caracas divulgue ao público as atas eleitorais e os dados de votação desagregados por região e mesa de votação.
Até aqui, um pedido sem resposta.
Reconhecimento
O subsecretário dos EUA também reforçou que Washington reconhece Edmundo González, principal candidato da oposição, como o vencedor nas urnas.
Mas evitou dizer que o reconhece como presidente eleito, maneira como o próprio González se refere a si mesmo.
Ainda, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito com 51% dos votos.
Wells afirma que não há evidências que sustentem a afirmação da autoridade eleitoral.
“A sociedade civil e líderes da oposição reuniram cópias físicas detalhadas desse processo. Nós examinamos essas evidências e determinamos que seria impossível falsificar as atas compiladas tão rapidamente depois da votação para presidente”, explicou.
*Com informações da Folhapress.