A disputa eleitoral em Fortaleza, cujo desfecho será no próximo domingo, 27, está montada em duas polarizações – não somente em uma, como parece à primeira vista.
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A mais conhecida – inclusive, nacionalmente -, remete ao presidente Lula e ao ex-presidente Bolsonaro.
O candidato Evandro Leitão (PT) está para o líder de esquerda, tal qual André Fernandes (PL) para o de direita.
Essa é a principal aposta da coligação do Palácio da Abolição para chegar ao Paço Municipal.
Para o PT, a estratégia de mostrar as diferenças entre os dois projetos vem desde o primeiro turno.
A candidatura de Evandro nunca escondeu, inclusive, a preferência por André nesta fase decisiva.
A ideia parecia simples e eficaz: destacar as benfeitorias dos governos do PT e as mazelas do bolsonarismo.
Novo contra velho
Ocorre que a candidatura de André não aceitou ser boi a caminho do matadouro.
O nome do PL vem investindo no remake do ‘novo contra velho’. Na ideia-força é injetada a narrativa de mudança, coragem etc e tal.
André explora seu perfil político e acadêmico precoce, ao mesmo tempo em que fala de adversários que estariam há 30 anos no poder.
Por isso também André busca se conectar com a juventude, é fenômeno nas redes e lança um hit pancadão atrás um do outro.
Aqui está o grande risco para o PT de Evandro:
Na média geral da percepção pública da Cidade, parece haver uma sensação de bocejo quando se fala em lulismo x bolsonarismo.
André também corre riscos. Não dá para dizer, exatamente, que ele representa o novo, depois de alguns apoios da virada do primeiro turno para cá.
O fato é que tudo somado e considerado, cada candidato a prefeito de Fortaleza neste segundo turno tem uma polarização para chamar de sua.
O que conseguir criar ou acelerar o movimento político e eleitoral, nestes últimos dias de campanha, a partir de seu repertório léxico, receberá as chaves da Prefeitura de Fortaleza.
Todo o restante é recheio.