Não é fácil conquistar uma cadeira na Câmara Municipal de Fortaleza.
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Os caminhos passam por uma boa estratégia eleitoral e cálculos. Muitos cálculos.
Em 2024, uma das 43 vagas no Legislativo Municipal estava ao alcance de exatos 32,5 mil votos.
Para se medir a dificuldade, basta dizer que somente Priscila Costa (PL) foi eleita com os próprios votos.
Campeã nestas eleições proporcionais, a vereadora do PL tirou 36.226 sufrágios.
Também muito bem votados, Gabriel Biologia (Psol) tirou 30.682 e Bella Carmelo (PL), 28.138.
Força dos suplentes
Aqui entra o imprescindível papel dos demais candidatos não eleitos.
Longe do pódio, mas perto dos que conseguiram vagas, os suplentes são os grandes responsáveis pela conquista de cadeiras.
Como se sabe, a Justiça Eleitoral soma todos os votos por partido para vereador. É assim que são definidos quantos e quem será eleito.
Vejamos o caso do suplente Luiz Sérgio (PSB).
Com 6.457 votos, Luiz Sérgio, experiente em gestão pública e na própria Câmara, ficou na primeira suplência do partido.
Os dois mais votados – e eleitos -, da sigla foram Léo Couto, com 8.975 votos e Bá, com 7.528.
No total, o PSB conquistou 55.032 votos.
Mandato
Em regra, os partidos costuram acordos internos para suplentes assumirem o mandato por quatro meses.
Esse tipo de solução é paliativa – tanto que não é unanimidade entre suplentes.
O mais correto e justo seria a gestão, na formação dos escalões do governo, compor o time com vereadores eleitos.
Isso abriria espaço na Câmara para suplentes ficarem com mandato.
Outra saída seria convidar, diretamente, os suplentes para a administração.