A oposição no Estado do Ceará saiu mais forte ou mais fraca das eleições municipais de 2024?
Siga o Poder News no Instagram.
Depende para onde se olha.
Se o foco for prefeituras importantes que o grupo governista perdeu ou não conquistou, a oposição segue relevante.
Se a comparação for com a quase hegemonia do consórcio que habita o Abolição, a história é outra.
Adesismo
Nenhuma gestão local, nem as maiores, consegue passar incólume sem parcerias com entes estaduais e federais.
Lembram como foi o resultado eleitoral de 2020?
Há quatro anos, a oposição ao governo do PT chegou ou se manteve no controle de vários colégios eleitorais vistosos.
Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú, São Gonçalo do Amarante e alguns outros.
Em 2022, Fortaleza juntou-se ao grupo seletíssimo.
O que aconteceu de lá para cá?
Apenas Juazeiro resistiu aos encantos do poder estadual. Neste ano, a Capital foi anexada.
Mesmo palanque
Há vários outros fatores.
O susto eleitoral que André Fernandes (PL) deu no PT e aliados faz do deputado federal a nova referência oposicionista.
Aqui pode começar a complicar.
Como ficarão Capitão Wagner (União Brasil), Roberto Cláudio (PDT), Eduardo Girão (Novo) e outros?
André, Wagner, RC e Girão dividiram palanque no 2º turno em Fortaleza.
Mas nada garante que a parceria siga, afunilando-se para uma eventual chapa única em 2026.
O convite que Wagner fez a RC, para que este entre no partido daquele, pode já ser parte deste diagnóstico.
Como será a futura chapa do candidato a governador, vice e as duas vagas para o Senado.
Não será assustador se pelo menos dois dos quatro oposicionistas preferirem disputar mandato de deputado federal.
Já no governo, as negociações serão longas e complexas. Todos querem entrar.
Percebem a diferença?