Na última sexta-feira, aqui foi feita a seguinte pergunta-título: “O PT-CE vai dividir o poder com aliados?”
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A provocação veio na esteira da indicação, dias antes, do nome do petista Fernando Santana para presidir a Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
No mesmo dia em que a Coluna foi publicada, o senador Cid Gomes (PSB) comunicou ao governador Elmano de Freitas (PT) que estava fora do projeto político.
Dada a repercussão – local e nacional -, da informação, publicada por este colunista em primeira mão, a história pegou quase todos de surpresa.
Quase todos. Menos quem tenta perceber e ler os sinais nas entrelinhas do jogo político.
Menos quem, pacientemente, tenta juntar as peças do quebra-cabeças.
É mais ou menos esse o papel do analista político – sem amarras, interesses ou paixões
Mas isso é história. A questão do dia é avaliar ou projetar o tamanho do estrago e recados da decisão de Cid.
Decisão esta que, a bem do rigor jornalístico, foi relativizada pelo próprio senador, nesta terça-feira (19), ao sair de reunião com seus pares partidários.
De qualquer forma, cabe um teste. Peçam uma avaliação do caso a líderes partidários do condomínio que orbita o Palácio da Abolição. A Coluna fez isso com alguns.
Oficialmente, todos seguem fiéis aliados, de pés juntos e mãos postas. Ao pé do ouvido, porém, a conversa é outra. Há insatisfações.
Na prática, portanto, a divisão de espaços no conglomerado do poder no Estado não é mais uma pergunta, como fizemos na última sexta.
Desde o último final de semana, virou afirmação. A realidade se impõe. O PT-CE precisa dividir poder com aliados.