A política e a economia globais – as duas pilastras que sustentam grande parte das relações humanas – não serão as mesmas, a partir desta segunda-feira (20), com o retorno de Donald Trump (R) à Presidência dos Estados Unidos.
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Há, ao redor do mundo, previsível apreensão.
De entidades que lidam com imigração a quem opera no mercado financeiro, passando pela diplomacia e fronts de guerra.
Agressivo, Trump prometeu impor altas taxas ao comércio internacional – especialmente, à China –, anexar países/territórios, fechar fronteiras e outras tantas medidas gravíssimas.
Os próximos quatro anos dirão o que é ou não bravata. Contudo, na dúvida, é bom considerar alguns fatores.
O primeiro é o fato de o republicano ter sido eleito, novamente, mesmo sendo o que é e feito o que fez.
O magnata volta com a experiência de quatro anos de mandato e mais quatro – depois que perdeu a reeleição –, arregimentando forças para exercer a segunda gestão.
Trump 1 foi uma gaivota. Trump 2 será falcão.
Trump disse, antes e depois da vitória, que seu novo governo trará de volta a “era de ouro” ao país e que “promessas feitas serão cumpridas”. Não se sabe como.
Tudo isso, mais o fato de o republicano ter maioria no Congresso, apoio de parte da mídia tradicional e de praticamente todas as big techs.
O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil?
A frase acima – sem a interrogação –, tem várias possíveis origens.
Uma delas, atribuída ao então embaixador brasileiro em Washington, Juracy Magalhães, no pós-golpe militar de 1964, remete a entreguismos da direita.
Com a volta de Trump ao poder, a expressão deve perder força.
Sai o questionamento quase irônico e entra o pragmatismo prometido pelo mandatário republicano: o que é bom para os Estados Unidos é bom para os Estados Unidos. Ponto.
Como Trump afeta 2026 no Brasil
Pode-se dizer que a direita e extrema-direita brasileiras já vivem novo momento, com Donald Trump voltando a ser o homem mais poderoso do mundo.
Basta ver o rebuliço nas redes sociais dos últimos dias, com leituras e provocações políticas para todos os gostos.
O frisson vem na esteira da derrota do governo Lula no caso Pix, envolvendo fake news.
Certamente, tudo isso afetará 2026.
Mas isso é passageiro ou será uma crescente, neste 2025?
Acuado pela tentativa de golpe Estado, como o bolsonarismo se comportará a partir de agora?