Os processos políticos acontecem a partir de variáveis – mais ou menos decisivas. Uma delas, no Brasil atual, é o espectro político. Há, basicamente, dois: centro-esquerda e centro-direita. O centro, propriamente, não existe.
Em Fortaleza, deveremos ter duas candidaturas fortes, de centro-esquerda, ligadas aos palácios do Bispo e da Abolição. A pergunta é: e do outro lado, na centro-direita, qual será o desfecho?
Capitão Wagner (União Brasil), André Fernandes (PL) e Eduardo Girão (Novo) são nomes que se colocam para o jogo. Mas todos disputarão o mesmo voto do fortalezense – assim como as duas candidaturas palacianas. Há diálogo entre UB, PL e Novo, mas é incerto isso avançar, concretamente, para uma chapa.
Não há muito o que discutir. Se não houver uma espécie de frente de centro-direita, juntamente com outras forças políticas menos expressivas, num só palanque, poderemos ter uma disputa, provavelmente em dois turnos, entre os grupos hoje alojados na Prefeitura de Fortaleza e no Governo do Estado.
Tanto isso é verossímil que muitos aliados da gestão Sarto e do governo Elmano agem e sinalizam com a expectativa de que haverá um confronto direto entre postulantes da centro-esquerda. Repetindo: se for em dois turnos.
Centro-esquerda marchará desunida
Enquanto a centro-direita em Fortaleza está em compasso de espera, a centro-esquerda movimenta-se, intensamente. Inclusive, com lances que apontam para um animado cenário interno.
Um bom exemplo disso foi o lançamento da pré-candidatura de Luizianne Lins (PT), anunciada neste último final de semana.
Como se sabe, o staff do PT no Estado tem outros planos de candidatura na Capital. O mais cotado é o presidente da Assembleia, Evandro Leitão.