

No início desta semana ocorreu mais uma da série ‘imagem vale mais do que palavras’.
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Vejam a foto acima. A olho nu, trata-se de uma reunião do prefeito Evandro Leitão (PT) com uma bancada de vereadores. No caso, do PDT.
Mas não é tão o que parece. O PDT na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) não é uma bancada, no sentido orgânico e programático do termo.
Está meio cada um por si. Veja.
A sigla perdeu a eleição no ano passado, de lá para cá teve imensas dificuldades de reagrupar a tropa e, à deriva, foi pedir arrego à gestão municipal.
Tanto é assim que o agrupamento de vereadores recepcionado pelo chefe do Executivo Municipal tem perfis variados em espaços na gestão – crucial para se manter vivo, politicamente.
Na prática, ter espaço significa capacidade de atender ao varejo que cerca o mandato de vereador – em qualquer lugar do mundo.
Como bem lembra uma fonte, parlamentar municipal não visita base eleitoral, a exemplo de deputado e senador. Ele mora lá.
Voltando à foto acima. Sem fulanizar, na imagem há integrantes do partido que querem manter o que têm.
Outros perderam muito e precisam recuperar pelo menos parte dos ativos.
Há, ainda, os que não têm nada há algum tempo. Estes agonizam por alguma risca de sombra do poder.
Fator André Figueiredo
Mesmo sem unidade mínima para além da sigla que os abriga, os pedetistas pleiteiam tratamento isonômico – ou algo próximo a isso – aos apoiadores de primeira hora.
Essa foi a pauta central da reunião. Como dito, mesmo sem serem bloco ou bancada, os vereadores do PDT na CMFor agem como se fossem.
Aqui entra o talento do presidente nacional do PDT, deputado André Figueiredo.
Sob os auspícios do experiente parlamentar, os filiados ao partido em mandato de vereador da Capital foram recebidos no Paço.
As conversas ainda estão em andamento, mas uma vitória já tiveram: uma foto, dando a entender que são uma bancada.
“Farinha pouca, meu pirão primeiro”, diz um interlocutor
O pleito dos cristãos novos pedetistas – agora na base do prefeito Evandro na Câmara Municipal -, por óbvio, causa incômodos.
É fácil entender.
1) Os vereadores que ajudaram a eleger Evandro sentem-se no direito de colher os melhores frutos da vitória.
2) A chegada dos aliados de última hora vai comprometer espaços de quem chegou ao lado do prefeito – que, inclusive, tem compromissos a honrar.
3) Os espaços não são infinitos. Pelo contrário – e a ordem é otimizar.
Ou seja – e nessa os aliados originais de Evandro estão corretos: “Farinha pouca, meu pirão primeiro”.