

Publicada em primeira mão por este colunista, cedinho da manhã desta terça-feira, 3, a informação sobre a ida do ex-prefeito Roberto Cláudio para o União Brasil é candidata a fato político mais relevante da semana na aldeia.
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O anúncio da nova casa partidária de RC acontece poucos dias depois do “início de paquera” do ex-pedetista com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, quando o “mito” esteve em terras alencarinas.
A preferência pelo UB ao PL é um reencontro de Roberto Cláudio com seu perfil político – mais de centro -, depois do barulhento apoio, no ano passado, ao então candidato a prefeito de Fortaleza e pupilo bolsonarista, André Fernandes (PL).
O mais palpitante, porém, vem agora. Interlocutores da Coluna passaram o dia teorizando e especulando, a partir de um pequeno grande detalhe: por que o ministro Ciro Gomes não foi ao ato político que selou a filiação de RC às novas fileiras?
A resposta de algumas fontes merece registro: haveria um movimento para deixar o ex-prefeito de Fortaleza flanando na pré-candidatura ao Abolição.
Assim, com RC em evidência, Ciro sairia da linha de tiro dos snipers palacianos.
Vejam que RC, uma das possibilidades a cabeça de chapa, foi criticado por governistas, ao longo desta terça-feira. Em tese, ele é o novo alvo a ser abatido. O sumido Ciro foi poupado.
Aqui entra a pergunta-título deste texto: quem será o candidato à sucessão de Elmano? RC – também pré-candidato a deputado federal -, ou Ciro, que pontua bem e tem tempo para decidir por voos regionais ou nacional?
Mais perguntas: o movimento é uma estratégia da oposição? Se fim, até onde pode funcionar? Em qual dos dois o Abolição vai gastar mais munição?
Tem governista torcendo por Ciro
Como aqui já dito, apoiadores do governo Elmano acompanham com lupa o movimento de Ciro Gomes para as eleições de 2026.
Tê-lo distante, disputando a sucessão do presidente Lula, seria o melhor dos cenários.
Mas não é unânime. Há, sim, palacianos, desejando, intimamente, que Ciro se movimente para valer, olhando para a briga estadual.
Por uma razão simples, que toca, diretamente, na sobrevivência política de muitos aliados:
Em outras palavras, apoiadores seriam mais valorizados, diferentemente de relatos que chegam à Coluna, quase diariamente.
A peça de que a direita precisa no Nordeste

As pesquisas seguem causando enxaqueca no lulopetismo, mas máquina é máquina.
Particularmente, no Nordeste, onde ainda resiste forte memória afetiva dos feitos do presidente.
Então, que tal um político experiente, da região, para vice de centro-direita, numa chapa ao Planalto?
Laboratório político nesse sentido começa a circular.
A aliança Lula-Alckmin, em 2022, foi muito além da coligação PT-PSB.
Foi, também, a busca a um ex-governador respaldado no Sudeste.