
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou duramente as novas propostas de aumento de impostos sobre o setor produtivo anunciadas pelo governo.
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Em nota divulgada nesta terça-feira (10), a entidade afirmou que a retirada da isenção das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), além da elevação da alíquota da CSLL para fintechs, trará prejuízos à economia, especialmente ao encarecer o crédito para empresas e consumidores.
Segundo a CNI, o setor produtivo já enfrenta dificuldades com os juros elevados e os altos spreads bancários, e novas cargas tributárias apenas agravam a situação.
O presidente da entidade, Ricardo Alban, defendeu a necessidade de uma reforma tributária justa e criticou o que considera uma falta de prioridade em conter gastos públicos. A entidade, junto a outras confederações nacionais, entregou ao presidente Lula propostas em defesa do equilíbrio fiscal, durante encontro em Paris.
A confederação também destacou que a indústria tem sido especialmente afetada pelas atuais condições econômicas.
Com base em dados do IBGE, lembrou que o setor industrial foi o único dos três grandes segmentos da economia brasileira a apresentar retração no primeiro trimestre de 2024, com queda de 0,1% mesmo diante do crescimento de 1,4% do PIB nacional. Para a CNI, aumentar impostos nesse cenário compromete ainda mais o potencial de crescimento do país.