
O dólar iniciou a semana em forte queda no Brasil, acompanhando o enfraquecimento global da moeda americana diante do alívio nas tensões entre Israel e Irã. A percepção de que o conflito não deve se expandir nem envolver diretamente os Estados Unidos reduziu a aversão ao risco nos mercados, favorecendo o desempenho de moedas emergentes e impulsionando bolsas ao redor do mundo.
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Além disso, dados positivos da economia chinesa e a expectativa de manutenção dos juros nos EUA e no Brasil também contribuíram para a valorização do real, que teve o melhor desempenho entre as moedas latino-americanas. O dólar fechou a segunda-feira cotado a R$ 5,4861, com queda de 1%, acumulando baixa de mais de 11% no ano.
Indicadores americanos mostraram enfraquecimento da atividade industrial, o que reforça a expectativa de que o Federal Reserve manterá uma postura cautelosa. Analistas destacam que o diferencial de juros continua atraente para o Brasil, o que, somado ao arrefecimento do risco global, favorece o real. A previsão é de que o Copom mantenha a Selic em 14,75% ao ano para conter pressões inflacionárias.
No campo político e econômico interno, o Banco Central realizou leilões que injetaram liquidez no mercado, e a balança comercial brasileira apresentou superávit expressivo. Já a Câmara dos Deputados se prepara para votar a urgência do projeto que pode barrar o aumento do IOF proposto pelo governo federal, tema que mobilizou interlocutores do Planalto em busca de apoio.