A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse nessa sexta-feira, 22, em São Paulo, que é preciso extrapolar a agenda de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
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Segundo ela, é preciso pensar em uma agenda de transformação para evitar que se chegue a um ponto de não retorno, em que as florestas não conseguiriam mais se recuperar ou regenerar.
“É preciso mudar a maneira de produzir, de consumir e de nos relacionarmos uns com os outros, com a gente mesmo e com a natureza. Se não for isso, a gente não dá conta”, afirmou.
Ministra participou de uma mesa para discutir a questão da seca e das inundações, em um fórum promovido pela Virada Sustentável, no Unibes Cultural, em São Paulo.
A mesa contou com a presença do indiano Rajendra Singh, fundador da Tarun Bharat Sangh.
Para Marina Silva, caso essa transformação não seja feita, o mundo “estará jogando mísseis” contra suas populações.
“Tivemos 47 mortes no Vale do Taquari [no Rio Grande do Sul] porque mísseis de carbono foram jogados na atmosfera e fizeram com que uma chuva, que era para cair em um mês, caísse em algumas horas. A mesma coisa aconteceu em São Sebastião [litoral paulista]”, afirmou.
Segundo ela, isso é visto em todo canto, por isso é necessário um despertar. “Que não deve ser só de governos, mas de empresas, de pessoas, de artistas e de cidadãos”, disse.