
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quinta-feira (26.jun.2025) que votou pela elevação da taxa Selic para 15% ao ano. Segundo ele, os juros devem permanecer em nível elevado por um “período bastante prolongado” até que a inflação convirja para a meta. A decisão foi unânime no Comitê de Política Monetária (Copom). Galípolo destacou que o BC está comprometido com o centro da meta e que os efeitos da política monetária ainda estão por vir.
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a alta já havia sido contratada na última reunião presidida por Roberto Campos Neto, em dezembro de 2024. Galípolo, no entanto, evitou confrontos e disse que mantém conversas frequentes com Haddad. Ressaltou que as decisões do Copom são colegiadas e que ele próprio votou favoravelmente às últimas elevações da Selic desde que assumiu o cargo.
Durante a apresentação do Relatório de Política Monetária, o BC elevou a projeção do PIB de 2025 de 1,9% para 2,1% e reduziu a estimativa de inflação de 5,1% para 4,9%. A autoridade monetária considera o desaquecimento da economia essencial para o controle da inflação. Com a nova regra de metas contínuas em vigor desde 2025, o BC terá que justificar publicamente, por meio de relatório e carta aberta, se a inflação permanecer fora do intervalo de 1,5% a 4,5% por mais de seis meses. O Copom sinalizou uma pausa nos aumentos da Selic, mas não descartou novos ajustes, caso a economia volte a se aquecer.