
O aumento do IOF sobre Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) impactou duramente o setor, que vinha movimentando de R$ 2 a R$ 3 bilhões por mês antes da medida. Apesar da derrubada do decreto pelo Congresso, a judicialização do tema pelo governo federal no STF reacendeu a insegurança no mercado, paralisando novas captações e comprometendo o acesso ao crédito por parte de milhões de empresas.
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Segundo a gestora Ouro Preto Investimentos, uma das maiores do setor, a indefinição jurídica faz com que fundos evitem operar com FIDCs por receio de incidência dupla do imposto — tanto no momento da aplicação quanto na compra de cotas internas. A estimativa é que mais de 3 milhões de empresas possam ser afetadas diretamente pela escassez de crédito resultante do impasse.
A incerteza também acende um alerta sobre possível aumento na inadimplência e pedidos de recuperação judicial, especialmente entre pequenas e médias empresas. Embora a decisão do Legislativo tenha representado um alívio momentâneo, a ida do caso ao STF trouxe de volta o risco de paralisia do setor. Diante disso, gestoras como a Ouro Preto buscam estratégias para oferecer rentabilidade que compense eventuais tributos, enquanto aguardam definição do governo ou da Receita Federal.