

Relator do caso IOF no Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes deveria chamar representantes do governo Lula e Congresso para propor um acordo entre os Poderes da República.
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Seria uma saída honrosa para as duas partes, diante do aprofundamento da crise. Conciliações são produtos da política e o ideal buscado pela Justiça pós-moderna.
O debate que começou no Orçamento da União trilhou a discussão sobre o equilíbrio fiscal do País e agora esgarça a correlação de forças entre Planalto e nova cúpula do Congresso.
A pendenga já deu o que tinha de dar. O mais pode ser resolvido nas eleições de 2026. O soberano eleitor vai dizer que tipo de governo e de Congresso ele quer.
Voltando ao STF. Se deixar como está a tendência é piorar. Essa tensão nem era para estar acontecendo. O IOF é um imposto regulador – não arrecadador.
Ainda sobre o acordo. Além de Executivo e Legislativo, o Supremo também se beneficiaria com a saída civilizada.
O STF nunca dividiu tanto a opinião pública como agora. Acender o cachimbo da paz pode ajudar na compreensão mediana nacional de que a cúpula do Judiciário brasileiro é equilibrado e merece respeito.
Governo precisa entender melhor o que aconteceu

Do ponto de vista do governo Lula, a militância digital petista acertou ao levar para as redes sociais a narrativa “ricos contra pobres” no debate sobre aumento do IOF.
O problema é a centro-esquerda brasileira defender mais impostos, depois de décadas fazendo o contrário.
Outro detalhe: não foram somente as forças de oposição que derrotaram Lula. O placar foi de 383 votos contra o Planalto e 98 a favor.
Ou o governo disseca esses números ou vai seguir sem rumo na articulação política.
Na vanguarda da inclusão
A Assembleia Legislativa aprovou projeto que não somente sinaliza, fortemente, mais respeito às pessoas com restrições alimentares.
Também coloca o Ceará na vanguarda da inclusão em eventos de grande público.
De autoria do presidente da Casa, Romeu Aldigueri (PSB), o plenário acatou proposta que assegura o direito de pessoas com alergias alimentares entrarem com seus próprios produtos em estádios e arenas esportivas do Estado.
Os organizadores ficam obrigados a informar o público sobre o direito. A boa iniciativa foi à sanção do Abolição.
Érika Amorim
A primeira-dama de Caucaia, Érika Amorim (PSD), será candidata a deputada federal no ano que vem.
Ex-parlamentar estadual, ela disputou o Senado nas eleições de 2022, na chapa encabeçada pelo ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (então no PDT).
Apoiadores estimam que Érika sairá do município com pelo menos 1/3 dos votos necessários.
Rodrigo Oliveira
O filho do deputado federal Eunício Oliveira, Rodrigo Oliveira (ambos do MDB), poderá disputar a Câmara dos Deputados, no ano que vem.
O pai é pré-candidato ao Senado. O MDB projeta conseguir três vagas.
As outras duas seriam dos hoje integrantes das bancadas do Ceará na Câmara Yury do Paredão e Nelinho Freitas – este último na vaga de Eunício, licenciado.
PT no exercício da democracia interna

Final de semana vai ser animado para o PT. Em todo o País, mais de 1,6 milhão de filiados vão às urnas, neste domingo (6), escolher novos – ou velhos – dirigentes municipais, estaduais e nacionais.
É muito justo reforçar que a sigla é a única que exercita a democracia interna.
A maioria das outras legendas toma esse tipo de decisão em pequenos grupos.
O Processo de Eleição Direta (PED) do PT é valioso para um partido que se acostumou a gostar do poder.
Os novos dirigentes terão papel central nas articulações e decisões em vista às eleições de 2026 e 2028.
No Ceará, vale prestar atenção no resultado da votação para os candidatos apoiados pelo líder do governo Lula na Câmara, deputado federal José Guimarães.