
Um ataque cibernético à C&M Software, empresa parceira do Banco Central, desviou cerca de R$ 1 bilhão do sistema Pix. Segundo a ZenoX, empresa de cibersegurança, a invasão não resultou de falhas técnicas, mas de um esquema sofisticado de engenharia social e infiltração interna. O caso revela um novo patamar de profissionalização do cibercrime no país.
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O plano envolveu recrutamento de insiders via Telegram, meses de articulação e exploração de fragilidades processuais no sistema financeiro. O funcionário João Nazareno Roque, de 48 anos, foi preso acusado de facilitar o golpe por valores irrisórios, considerando o montante desviado. O ataque surpreendeu até os criminosos, que tiveram dificuldades para lavar o dinheiro.
O relatório da ZenoX aponta que o setor financeiro brasileiro ainda falha em monitorar o submundo da fraude e em compartilhar informações entre instituições. A confiança excessiva na cadeia de suprimentos e a ausência de uma inteligência integrada aumentam a vulnerabilidade. Para especialistas, o episódio exige mudanças urgentes na segurança e na cultura institucional do setor.