
Empresários envolvidos nas negociações com os Estados Unidos para reverter o tarifaço imposto por Donald Trump avaliam que a operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (18), dificulta ainda mais o diálogo com a Casa Branca. Embora considerem a soberania nacional inegociável, representantes do setor veem a ação como inoportuna diante do momento crítico das tratativas bilaterais.
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As principais preocupações do empresariado giram em torno de três frentes: a suposta pressa em condenar Bolsonaro; a postura provocativa do presidente Lula em relação a Trump; e o receio de que os EUA não recuem para evitar abrir precedente internacional. Há também o temor de que a repercussão mundial da operação possa alimentar narrativas de parcialidade do STF, fortalecendo a defesa do ex-presidente.
No setor privado, cresce a insatisfação com a condução das negociações pelo governo, que é acusado de falta de estratégia e de tentar transferir responsabilidades. Empresários temem ser usados como instrumento político, caso o acordo fracasse, e que Bolsonaro seja apontado como o principal culpado. A expectativa agora é de um endurecimento da postura americana diante do novo cenário.