
Figuras políticas do Ceará criticaram a decisão do presidente interino do PDT Nacional, André Figueiredo, de destituir o senador Cid Gomes (PDT) do cargo de presidente estadual da sigla. O próprio André, agora, retorna à posição antes exercida por ele.
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Fato ocorreu após uma conturbada reunião da última sexta-feira, 29, na qual houve uma discussão. Anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira, 2, por Figueiredo.
Dentre os que se manifestaram estão o próprio Cid Gomes, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Evandro Leitão (PDT), o líder do Governo Elmano de Freitas (PT) na Alece, Romeu Aldigueri (PDT), dentre outros.
Logo após a saída, Gomes se disse “surpreendido” e frisou que iria se reunir com “com companheiros para seguir o projeto de pacificar o partido”.
“Fiz, em dois meses, o que não foi feito em quatro anos. Conversei com todos os prefeitos, vereadores, deputados estaduais e federais e lideranças em todo o Ceará. Vejo a decisão da direção nacional como gesto para um acordo”, disse.
Reações
Evandro Leitão fez duras críticas a André Figueiredo e à sigla como um todo. “Mais uma vítima da insensatez e da arbitrariedade que vêm dominando o comando do PDT nos últimos meses”, afirmou.
Já Romeu Aldigueri, por meio de seu perfil nas redes sociais, manifestou solidariedade à Cid, chamando-o de “responsável por todo o sucesso de formação de novos líderes e pela referência nacional e internacional da educação cearense”.
“Importante ressaltar que o pensamento de fortalecer a unidade partidária liderada pelo Senador Cid Gomes representa aproximadamente 80% dos membros do Diretório. A democracia interna não está sendo respeitada, lamentavelmente”, comentou o deputado.
Também expressaram solidariedade o Deputado Estadual, De Assis Diniz (PT), e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho.
“Em respeito à sua história com contribuições decisivas que fazem do Ceará destaque nacional em políticas públicas compondo importantes oportunidades para a população cearense”, disse o secretário.
Visão de dentro do partido
O pedetista Eduardo Bismarck comentou, especificamente, sobre a reunião que provocou a destituição, na qual Figueiredo chegou a chamar Cid de “ditador”.
“Infelizmente eu acho que saíram dando declarações muitos ruins para a construção, para o debate. Problema a gente resolve dentro de casa, não na rua”, disse.
Já o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Osmar Baquit (PDT) disse acreditar que o grupo ligado a Cid Gomes deve retomar movimento iniciado em junho deste ano.
“Não tem espaço para todo mundo lá dentro. A maioria tá com Cid claramente. Se o Cid for destituído, como tá sendo aí, você vai ver a revoada de prefeito, de liderança, principalmente em candidato a vereadores agora na eleição abandonando o PDT”, comentou.
O deputado estadual Antônio Henrique (PDT), entretanto, explicou que, apesar do acordo entre Cid e Figueiredo, a qualquer momento André poderia retornar”
“E houve esse entendimento que talvez o que estava proposto ser feito na presidência do Cid, essa foi a minha avaliação, não estava indo conforme o que tinha sido combinado. O André entendeu, e teve apoio de boa base do partido, dele retornar a presidência”, disse Henrique.