

Os dias ainda muito tensos entre Brasil e Estados Unidos, na pauta econômica, política e jurídica, mostram que a travessia está longe do fim.
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Mas já é possível detectar alguns sinais de rumos da política brasileira, a partir dos fatos até aqui desenrolados.
Com eleições marcadas em ambos os países para 2026 – aqui, presidenciais; lá, legislativas -, Brasília e Washington atuam com o manual debaixo do braço.
Vamos à parte que mais nos interessa – o Brasil. É totalmente imprevisível o desfecho do roteiro seguido até aqui entre os dois países. Numa projeção ruim, as perspectivas não são boas. Trump não vai recuar.
Muito indica que, intransigente, o presidente Lula tentará surfar no discurso da soberania. Nada mal, mas o tom definirá se o cenário será distendido ou se os canais seguirão abstruídos.
Em situações assim, o extremismo é um péssimo conselheiro – assim como é inaceitável a família Bolsonaro, pensando nos próprios interesses, jogar contra os interesses nacionais.
Talvez por isso pesquisa da Genial Quaest tenha detectado, no início de junho último, que 66% do eleitorado brasileiro rejeitam Lula e Bolsonaro. É disso que estamos falando.
Muito ainda vai acontecer. Entretanto, a crise do tarifaço pode ter exposto, como em nenhuma outra situação, que a terceira via presidencial pode vingar ano que vem.
Por que Eduardo Bolsonaro frita aliados

Deputado federal licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem jeitão de quem precisa ser diagnosticado, mas não rasga dinheiro.
Pelo contrário. E na política, parece saber muito bem o que está fazendo.
As investidas do parlamentar sempre tiveram foco certeiro: tentar tirar seu pai da forca.
Mais recentemente, vem jogando aos leões aliados que, na visão dele, não são dignos da herança do bolsonarismo.
Simples. Porque ele quer ser esse ungido no próximo pleito.
De ativo a risco para a direita
Para surpresa de alguns interlocutores da Coluna, há dias aqui foi dito que o ex-presidente Bolsonaro (PL) será abandonado pela direita.
Isso parece cada vez mais próximo. E acrescentaríamos: não somente o patriarca.
É muito provável que os demais integrantes do clã também – particularmente, os filhos.
Quem, em sã consciência, pode acreditar que a atitude de Eduardo seja digna de um presidente da República?
É exagero retórico, mas pode colar nele a pecha de traidor, como diz Lula.
Eduardo passou de ativo a risco para direita.
Militância
O presidente Lula acerta, politicamente, quando catapulta o discurso na prancha da soberania nacional. Era disso de que seu desaprovado governo precisava.
Mas erra quando exagera na dose e transforma a retórica em muros – em vez de pontes.
Não há dúvida de que o petista esteja falando para a bolha, fazendo palanque para o ano que vem.
O Brasil é muito mais do que isso.
E é o Moraes
Os Bolsonaro não pensaram no Brasil quando foram às últimas consequências na crise do tarifaço.
A sanção a Alexandre de Moraes, com uma lei americana duríssima, criada para criminosos humanitários e sanguinários, mostra do que são capazes.
E olhem que estamos falando de um ministro da mais alta corte jurídica do País.
Imaginemos com…