

Em 2022, foram eleitas três deputadas federais pelo Ceará – Luizianne Lins (PT), Fernanda Pessoa e Dayany do Capitão (as duas últimas pelo União Brasil.
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Ou seja, apenas uma representante era da base aliada entre as 22 cadeiras disponíveis.
Isso mostra como deverá ser difícil a disputa do ano que vem, quando pelo menos quatro candidatas que orbitam o Palácio da Abolição pretendem chegar ou continuar em Brasília.
A se confirmar a candidatura do deputado federal Eunício Oliveira (MDB) para o Senado, a hoje vice-governadora Jade Romero (MDB) deverá tentar a Câmara dos Deputados.
Manter-se no Congresso Nacional está nos planos de Augusta Brito (PT), suplente de senadora em exercício do mandato – o titular é o ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
A ex-prefeita de Icó e ex-deputada estadual Laís Nunes (PT) também tentará a sorte. Isso, se o jogo virá e o deputado federal José Guimarães (PT) concorrer ao Senado.
Laís herdaria parte dos colégios eleitorais do líder do governo Lula na Câmara.
Ex-prefeita de Fortaleza, a veterana Luizianne – está no terceiro mandato –, pretende ir para a quarta legislatura consecutiva.
A deputada tem eleitorado cativo, apesar de vir de derrotas partidárias relevantes.
Érika Amorim vai focar em eleitorado de Caucaia

Primeira-dama de Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, a ex-deputada estadual Érika Amorim (PSD) também entra na relação de pré-candidatas a deputada federal.
Mas, apesar de ser filiada a partido governista, vai correr noutra raia: o próprio município – segundo maior colégio eleitoral do Ceará.
Érika tem perfil político próprio, mas a candidatura dela será vista como avaliação da gestão Naumi Amorim, que sofre sérias restrições de caixa.
Parece, mas não é
A olho nu, a situação do ex-presidente Bolsonaro (PL), preso em domicílio, assemelha-se à de Lula (PT), detido entre abril/2018 e novembro/2019.
Assim como atualmente, há 6-7 anos o réu jurava inocência, criticava o sistema judiciário, dividia o País e causava comoção política entre os seus.
Ambos os casos, porém, diferem em pelo menos um ponto fundamental: familiares de Lula não foram ao Exterior jogar contra o Brasil, fazendo chantagem e boicotando a economia.
Houve recursos a cortes internacionais, mas com base na estrita letra da lei.
Mais tensão
Tudo caminha para o processo no STF, em que Bolsonaro é réu pela trama golpista, comece a ser julgado no início de setembro.
Significa que há uma contagem regressiva para o desfecho que poderá tirar o ex-presidente de circulação em definitivo.
Surpreenderá ninguém se até lá atitudes radicais forem adotadas por seus defensores – dentro e fora do Brasil.
Vai definhar
Por ora, há apenas pistas sobre o que pode acontecer ou para onde vai o latifúndio eleitoral do ex-presidente Bolsonaro (PL).
Mas algo já está sendo considerado: o líder de direita vai definhar, politicamente.
Mesmo que a provável prisão via sentença seja domiciliar, o isolamento político e social serão fatais. Simples.
Não se faz política sem comunicação – presencial ou digital.
Os rumos de Renato Roseno

No terceiro mandato de deputado estadual, Renato Roseno (Psol) cogita disputar em 2026 cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília.
Em 2010, o parlamentar tentou chegar lá. Tirou mais de 113 mil votos – foi o segundo mais votado de Fortaleza e o décimo no Ceará –, mas ficou pelo caminho.
Motivo: não houve outros candidatos para ajudar no coeficiente eleitoral – quantidade mínima de votos que cada partido precisa conseguir para ter direito a uma vaga.
De lá para cá nada indica que o risco tenha diminuído.
A avaliação no Psol é que Renato só teria chances concretas de ser congressista se a deputada federal Luizianne Lins (PT) não concorresse à reeleição.
Ambos têm eleitorados com perfis quase idênticos.
Mas isso é uma quimera.