
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) procurou acalmar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sobre o risco de prisão, segundo mensagens reproduzidas no relatório final em que ambos foram indiciados pela Polícia Federal, divulgado nesta quarta-feira, 20.
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As conversas, obtidas via WhatsApp em 10 de julho, mostram Eduardo dizendo que, “na situação de hoje”, o pai não precisaria se preocupar, pois não seria preso. Apesar disso, admitiu receio de mudanças no cenário político norte-americano: “Mesmo dentro da Casa Branca tem gente dizendo para o 01: ‘ok, Brasil já foi, vamos para a próxima’”, relatou.
Ele também avaliou que a opinião pública compreenderia as medidas impostas pelos Estados Unidos contra o Brasil e que haveria tempo para revertê-las, se necessário. Contudo, alertou que esse quadro poderia se modificar rapidamente caso “o cara daqui vire as costas para você”.
Nos diálogos, Eduardo demonstrou intenção de manter articulações nos EUA e reforçou a necessidade de Jair Bolsonaro agradecer publicamente ao então presidente americano Donald Trump. “Quero prolongar esse bom momento, mas se o nosso cara encontrar o 01 sem um tweet seu, adianto que não será bem recebido”, escreveu. Bolsonaro respondeu em concordância.