
Entre 2019 e 2023, somente 11 estados brasileiros conseguiram melhorar o desempenho de estudantes negros e de baixa renda no ensino básico, segundo levantamento do Instituto Iede (Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional), com base nos resultados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
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São Paulo, maior rede do país, registrou queda no aprendizado dos alunos vulneráveis. O percentual de estudantes de baixo nível socioeconômico com desempenho satisfatório em matemática caiu de 15,7% para 13,3%.
Entre os mais ricos, o índice também recuou, de 29,2% para 26,3%. Em língua portuguesa, a aprendizagem ficou estável entre os brancos e amarelos, mas caiu entre pobres e estudantes pretos, pardos e indígenas.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou reconhecer os desafios e citou medidas como a priorização curricular em matemática e aumento da carga horária da disciplina. O período analisado também inclui gestões de João Doria e Rodrigo Garcia (PSDB).
De acordo com o diretor do Iede, Ernesto Martins Faria, os dados revelam a dificuldade das redes em garantir avanços aos alunos mais vulneráveis. “A pandemia trouxe desafios, mas a educação tem papel fundamental na redução das desigualdades”, destacou.
Dos estados que melhoraram, seis são do Nordeste (Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Sergipe), três do Norte (Amazonas, Pará e Amapá), um do Sul (Paraná) e um do Centro-Oeste (Goiás).