
Em entrevista concedida nesta semana, o secretário executivo da Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) falou sobre os benefícios sociais e econômicos do projeto para Santa Quitéria e região.
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Trata-se de um complexo mineroindustrial, ou seja, um projeto que faz tanto a extração quanto a concentração do minério e industrialização de fosfato e urânio, que serão transformados em produtos para produção de alimentos e geração de energia.
Adão Linhares comentou que iniciativa irá beneficiar diversas áreas da economia brasileira, como a geração de energia e agricultura.
“É uma oportunidade de ter acesso viário, energia, água e, principalmente emprego em um nível diferenciado de renda”, explicou o secretário.
O secretário estadual, que é cidadão quiteriense, falou sobre uma das maiores preocupações da população local: a questão da água.
De acordo com Adão, a tecnologia que será utilizada no projeto não trará a necessidade de barragem para reservação de água e rejeito, reduzindo a necessidade de maior volume de água anteriormente prevista.
“A água utilizada será do açude Edson Queiroz, conhecido como Serrote. Está prevista para o projeto a construção de uma adutora, que será para atender as comunidades como Grossos, Riacho das Pedras e Lagoa do Mato, essa última, a comunidade mais próxima do local do projeto”.
A nível nacional
Na entrevista, Adão Linhares também falou sobre a importância do projeto em termos econômicos para o Ceará e o Brasil.
O secretário afirmou que o Brasil terá a chance de despontar como um grande produtor de urânio e fosfato, beneficiando a indústria de fertilizantes.
De acordo com os dados do projeto, o total de fosfato que será extraído da fazendo Itataia será suficiente para abastecer cerca de 50% da demanda do Norte e Nordeste.
Segurança e represas
O secretário executivo ainda falou sobre segurança do empreendimento, que tem sido debatida por grupos contrários.
“Poderiam se informar melhor, vale a pena discutir com os opositores.”, afirmou, sobre os grupos.
Segundo ele, o Projeto Santa Quitéria não tem os riscos que teve em Minas Gerais, em Mariana ou Brumadinho.
“Não tem essa represa de rejeitos do minério, o processo é seco e, inclusive mais barato e eficiente para o fosfato e para a separação do urânio, que, nesse estágio de desenvolvimento de mineração, não tem nenhuma radiação superior ao que já está lá hoje”, explicou.