
O presidente Lula (PT) gravou um pronunciamento que será transmitido em rede nacional neste sábado, 6, na véspera do Dia da Independência, 7 de setembro, com foco na defesa da soberania.
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Nos últimos dias, integrantes do governo federal têm adotado essa bandeira após a ofensiva do governo Donald Trump contra o Brasil, com a imposição de sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e sanções a autoridades do país.
Em 2024, o presidente já havia usado o discurso do 7 de Setembro para criticar o bilionário Elon Musk, que à época se envolvia em disputa com o ministro Alexandre de Moraes, do STF. “Nenhum país é de fato independente quando tolerar ameaças à sua soberania. Nossa soberania não está à venda”, afirmou.
Em julho deste ano, Lula se manifestou em cadeia nacional sobre a sobretaxa americana, utilizando expressões como “pátria soberana” e “defesa do Brasil”, e criticou políticos favoráveis às medidas, chamando-os de “traidores da pátria”.
O presidente também tem atacado publicamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), acusando-o de atuar junto ao governo americano para punir autoridades brasileiras e proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista à rádio Itatiaia, Lula afirmou que Eduardo “vai passar para a história como o maior traidor da história deste país”. De acordo com auxiliares, a expressão deverá ser repetida no pronunciamento deste sábado.
O mote oficial das celebrações deste ano será “Brasil Soberano”, reforçando a defesa da soberania em meio ao contexto político atual, marcado pelo julgamento de Bolsonaro no STF e pela pressão americana. Aliados do presidente destacam que o momento servirá para reafirmar bandeiras do patriotismo e da defesa da nação, historicamente associadas ao bolsonarismo.
Além do pronunciamento, a previsão é que Lula participe do desfile cívico-militar em Brasília. A esquerda planeja manifestações em várias capitais, mas não há informações sobre a participação direta do presidente nesses atos.