
Um estudo do FGV Ibre mostra que os ajustes adotados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ajudam a cumprir regras fiscais a curto prazo, mas não estabilizam a dívida pública brasileira. Usando projeções de médio prazo, pesquisadores apontam que o esforço fiscal adicional necessário para manter a dívida líquida em 65,8% do PIB chega a 18% do PIB em dez anos.
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Mesmo com a inclusão de medidas recentes — como a MP que aumenta impostos e mudanças no Imposto de Renda —, o impacto é considerado tímido: o esforço cai para 17% do PIB. O resultado evidencia que os ganhos fiscais obtidos afastam incertezas imediatas, mas não garantem sustentabilidade a longo prazo.
O estudo destaca que receitas extras, como a exploração de petróleo, já foram consideradas nas projeções. Sem novos esforços estruturais, o Brasil pode enfrentar maior desconfiança do mercado e custos elevados de financiamento. Os pesquisadores defendem planejamento de longo prazo e possível reforma da Lei de Responsabilidade Fiscal para enfrentar o problema.