Deputados repercutiram na sessão desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), o mais recente episódio da crise que o PDT-CE enfrenta.
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No episódio mais recente da crise interna que se arrasta no PDT desde as eleições de 2022, uma liminar concedida na segunda-feira, 16, pela juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28° Vara Cível de Fortaleza, anulou a convocação e os efeitos da reunião extraordinária.
Esta havia elegido o senador Cid Gomes (PDT) como presidente da sigla no Ceará, com 48 votos favoráveis, até 31 de dezembro de 2023. A presidência volta a ser do deputado André Figueiredo (PDT), presidente interino da sigla a nível nacional.
Reginauro
O deputado estadual Sargento Reginauro (União Brasil) afirmou que Cid é o “maior derrotado” pela crise interna que envolve o comando estadual do PDT.
Além do parlamentar, outros deputados repercutiram o caso, na sessão desta terça-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
Segundo Reginauro, Cid conta com uma excelente carreira política que, entretanto, “dá claros sinais de desgaste”.
“Está a cada dia mais fragilizado, se desgastando, se apequenando no cenário político cearense”, acrescentou.
Basquit
Já para Osmar Baquit (PDT), 2º vice-presidente da Alece, o PDT “chuta” e “tenta expulsar do partido”, fazendo gestos de “ingratidão, trairagem e golpismo”, a liderança de Cid Gomes.
“Devemos e vamos continuar lutando para repor a verdade e a Justiça de maneira democrática, mas eu, pessoalmente, defendo a saída em bloco de todos os deputados estaduais e federais, de prefeitos e do senador Cid Gomes para comandarmos um novo partido no Ceará”, comentou.
Baquit acrescentou que a atual situação da legenda traz “insegurança” para os políticos da sigla, em todos os municípios do Estado.
“Se concretizar a saída do Cid do partido, o mesmo quadro que aconteceu para governador do Ceará, acontecerá para a Prefeitura de Fortaleza”, projetou.
Ele se referia ao ex-prefeito Roberto Cláudio ter ficado em terceiro colocado na corrida pelo Palácio da Abolição nas eleições de 2022.
Eduardo Bismarck
O deputado federal Eduardo Bismarck, esteve nesta terça-feira, 17, na Alece, ressaltou que a juíza Maria de Fátima foi induzida ao erro.
Segundo ele, a juíza recebeu ordenamentos que seriam referentes a uma convenção partidária e não relacionados à reunião extraordinária como a que foi realizada na última segunda-feira, 16.
“A reunião do diretório foi absolutamente legal, ela tem um regramento próprio, que não é o da convenção, e isso será demonstrado em juízo. Acredito que a magistrada terá a oportunidade de nos fazer o seu juízo de reconsideração”, ressaltou.