


A Organização das Nações Unidas (ONU) completa exatos 76 anos nesta terça-feira, 24. Desde a histórica criação – menos de dois meses depois do fim da Segunda Guerra Mundial – muito foi conquistado.
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A realidade poderia ser bem pior sem a entidade. Nesse sentido, há o que comemorar. Entretanto, a ONU não cabe mais nos dias atuais.
Nas últimas quase oito décadas, a geopolítica redesenhou incontáveis vezes o mapa de países, definiu o destino de milhões de pessoas e ceifou centenas de milhares de vidas.
A ONU não ficou inerte nem foi omissa. Mas há uma visível fadiga no material com o qual é feita a argamassa da diplomacia ancorada nas Nações Unidas.

Lamentavelmente, a instituição foi atropelada várias vezes – ironicamente, por membros permanentes de seu Conselho de Segurança –, os que mais deveriam defendê-la. Multilateralismo é uma invenção de quem não tem poder econômico e/ou bélico.
Vejamos o veto dos Estados Unidos a uma proposta do Brasil, para pausar a insana guerra Israel x Hamas. O atual formato do colegiado mostra como pode ser cruel a guerra enquanto extensão da política – e não o contrário.
Como diria o representante do Brasil na ONU, Sérgio Danese: “O veto derrota a maioria”. Não pode ser assim. Há uma crise instalada. A ONU precisa ser reformulada.