
O ano de 2024, no Ceará, deve ser marcado pelos impactos do fenômeno climático El Niño.
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Ele é causado pela distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima.
Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos, as condições para o retorno do fenômeno estão confirmadas. O que está em discussão é a intensidade.
De acordo com Meiry Sakamoto, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), as águas do Oceano Pacífico já estão mais quentes.
A expectativa é que continuem a aquecer e até o fim do ano permaneçam quentes.
No Ceará, a preocupação com o evento climático está diretamente relacionada com a quadra chuvosa. Isso porque, em anos com o fenômeno, o volume de chuvas no Ceará costuma cair, ou seja, com grandes períodos de seca..
Entre os anos de 1997 e 1998, por exemplo, quando houve um El Niño forte, a quadra chuvosa ficou 54% abaixo da média histórica. Dos 600 milímetros tradicionais, choveu apenas 272.
Com as poucas chuvas, também diminui a nebulosidade e aumenta a quantidade de radiação solar. O cenário, portanto, é de aumento da sensação de calor.