

A COP28, cúpula mundial do clima que vai até o próximo dia 12, em Dubai, acontece na tríplice fronteira entre o alerta sobre colapso ambiental, verborragia diplomática e crescimento econômico.
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Na média geral, graves projeções sobre ameaça da vida na Terra dividem atenção com cobrança por mais dinheiro para preservação e promessas de transição energética.
A cúpula é um festival de contradições – a começar pelo lugar onde está sendo realizada: Dubai, uma das sedes do cartel planetário de petróleo – um dos combustíveis fósseis mais poluentes.
Quem defende diz que é, exatamente lá, no epicentro do problema, onde se deve convencer os grandes produtores. Bobagem.
Se fosse assim, o G-8 das maiores economias do mundo se reuniria em Zimbábue, país mais pobre do mundo – e não na Suíça.
A cada dia, grandes petroleiras – a exemplo da brasileira Petrobras – descobrem e têm tecnologia para explorarem novos campos de petróleo – e a demanda é crescente.
De Dubai veio a notícia de que o Brasil, com pretensões de subir no ranking dos maiores produtores globais, entrará na Opep+.
Será uma grande incoerência. Não somente por nos tirar parte do discurso pró-Amazônia.
Mas, também, por nos querer fazer acreditar que só evoluímos da Idade das Pedras quando as pedras acabaram.