
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira, 8, que aqueles que desconfiam do sistema de urnas eletrônicas brasileiras devem renunciar seus mandatos.
Siga o Poder News no Instagram.
Petista se referia aos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que exercem cargos públicos: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ).
“As pessoas que duvidam das eleições e da legalidade da urna brasileira porque perderam as eleições, por que não pedem para seu partido renunciar todos os deputados e senadores que foram eleitos?”, disse.
“Por que os três filhos dele [Bolsonaro] que foram eleitos não renunciam em protesto à urna fraudulenta?”, completou o atual presidente da República.
Em 2022, Flávio Bolsonaro afirmou que tinha certeza de que seu pai se reelegeria no pleito para presidente, a não ser que as eleições fossem fraudadas, o que, segundo ele, poderia acontecer.
“Podemos ter umas eleições conturbadas. Imagine acabarmos as eleições e pairar, para um lado ou pro outro, a suspeição de que elas não foram limpas? Não queremos isso”, disse, na época.
Sobre a confiabilidade das urnas, no evento desta segunda, Lula afirmou que, caso a possibilidade de fraude fosse real, ele teria sido eleito presidente da República três vezes e ido ao segundo turno em outras duas ocasiões em que foi derrotado.
Presidente também disse que o PT não teria conseguido eleger Dilma Rousseff na disputa acirrada com Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014.
Democracia
Em outro trecho de seu discurso na cerimônia em alusão à luta pela democracia e ao aniversário dos ataques do 8 de janeiro Lula disse que “não há perdão para quem atenta contra a democracia”.
Segundo ele, os responsáveis por financiar, planejar e executar a tentativa de golpe precisam ser punidos de forma exemplar.
“Se a tentativa de golpe fosse bem-sucedida, a vontade soberana do povo brasileiro teria sido roubada. E a democracia, destruída. A esta altura, o Brasil estaria mergulhado no caos econômico e social. O combate à fome e às desigualdades teria voltado à estaca zero”, afirmou o presidente.