

A filiação do prefeito de São Gonçalo do Amarante, Professor Marcelão, ao PT, é mais do que uma aquisição do Palácio da Abolição, tendo em vista as eleições municipais de outubro.
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O chefe do Executivo leva ao grupo palaciano – comandado pelo governador Elmano de Freitas e o ministro Camilo Santana -, outros fatores políticos – e também econômicos.
Marcelo Teles assinou a ficha nesta sexta-feira, 26, na presença de Elmano, parlamentares e lideranças locais e regionais.
A entrada do prefeito no PT vinha sendo costurada há meses.
Apoio de Capitão Wagner
Então filiado ao Pros, Marcelão foi eleito em 2020 com o apoio do pré-candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (hoje no União Brasil).
Na reta final do primeiro mandato, Marcelão vai ganhar reforço político, para tentar mais quatro anos à frente da Prefeitura da Região Metropolitana de Fortaleza.
Não será fácil. Até os ventos que sopram na praia da Taíba sabem que não existe eleição garantida.
O principal grupo de oposição no Município – governistas nas duas últimas gestões -, se organiza com pretensões de impedir a reeleição do neopetista.
Porto do Pecém
O Abolição, porém, tem expresso interesse na reeleição do atual prefeito. É em São Gonçalo onde está o Complexo Industrial e Portuário do Pecém.
O roteiro no qual o governo do Estado trabalha para o desenvolvimento econômico do Ceará é impensável sem o estratégico equipamento.
Em paralelo, todas as projeções apontam para um crescimento exponencial – o maior do Estado – para São Gonçalo do Amarante, nos próximos anos.
Eleições em Fortaleza
Com a filiação ao PT, Marcelão se junta ao colega Vitor Valim, prefeito da vizinha Caucaia e recém-filiado ao PSB.
Isso é relevante, politicamente, à medida em que Fortaleza e os dois importantes municípios mantêm, entre si, fortes vínculos profissionais e residenciais.
Não serão inéditos, por exemplo, atos de campanha política compartilhados entre candidatos destes municípios.
A propósito de campanha, em 2020, Valim, candidato a prefeito de Caucaia, chegou a reivindicar para o município a sede do Porto do Pecém.
Mas a polêmica, parece, são correntes marítimas passadas.