Em visita OFICIAL, o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, foi recebido, nesta quarta-feira, 6, pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília.
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Na ocasião, os dois líderes buscaram ampliar as relações políticas, comerciais e de investimentos, dentre eles o futuro do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE).
Segundo Sánchez, a Espanha é a favor do acordo, mas o contexto de guerra dentro do continente europeu – em específico, na Ucrânia – tem impactado na negociação de novas parcerias comerciais.
Para Lula, uma das travas da finalização do acordo Mercosul-UE vem da França, que é protecionista em termos de interesses agrícolas.
“Não é mais questão de querer, ou de gostar, nós precisamos, politicamente, economicamente e geograficamente, de fazer esse acordo e dar sinal para o mundo de que precisamos andar para a frente”, afirmou o mandatário brasileiro.
Negociado há mais de 20 anos, o acordo Mercosul-UE chegou a ser aprovado, porém necessita da ratificação dos parlamentos de todos os países dos dois blocos. Ao todo, são 31 países envolvidos.
Na parceria, constam temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, dentre outros.
Investimentos
No mesmo encontro, Pedro Sánchez e Lula assinaram acordos bilaterais em áreas, como de comunicações; ciência, tecnologia e inovação; administração pública e saúde.
Em seguida, o premiê espanhol se reuniu com empresários espanhóis, por intermediação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, também no Palácio do Planalto.
Mais de mil empresas espanholas estão presentes no mercado brasileiro, como a Telefônica e o Banco Santander.
O estoque total de investimentos do país europeu no Brasil é estimado em US$ 59 bilhões, com fluxo anual de cerca de US$ 3,3 bilhões.
