O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) aponta o ex-aliado, ministro Camilo Santana (PT), como o responsável pelo que já chamou de “ditadura coronelista”, que estaria sendo instalada no Ceará, pelo petismo.
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É como, na versão livresca, é conhecido o hegemonismo político – pelo qual um único núcleo domina quase todos os espaços de poder.
Já na Presidência da República e no governo do Estado, o PT faz planos de também controlar a Prefeitura de Fortaleza.
A polêmica deverá render um bom debate este ano.
Isso vai depender muito de como se comportarão os índices de intenção de voto de cada candidato, dentro das estratégias eleitorais de cada um.
Por exemplo: se os adversários do PT perceberem que a pecha tem potencial de desgaste, enfatizarão dia e note o suposto risco de um único partido estar nas três instâncias administrativas.
É por isso – também -, que Ciro briga e vem fazendo barulho.
Mas é relativo. O petismo pode argumentar exatamente o contrário.
Ou seja: que Fortaleza terá mais a ganhar se os três palácios – Planalto, Abolição e Bispo – estiverem alinhados, politicamente. Isso deu certo, recentemente.
O fato é que se essa discussão pegar será uma das mais interessantes do ano, já que ajudará a definir o prefeito de Fortaleza, a partir de janeiro de 2025.
Não é um embate fácil nem para pequenos líderes
Ciro Gomes tem carta branca para levantar o debate contra o PT no Ceará.
A anuência veio há poucos dias, da direção nacional do PDT – embora o partido, nacionalmente, integre o governo Lula.
Outro ponto a ser registrado é a estatura do ex-presidenciável.
Ciro é um dos políticos mais admirados e, ao mesmo tempo, um dos mais combatidos.
Há também a estatura e envergadura envolvidas.
Não é um embate entre pequenos líderes.
Em busca de sobrevida política
Ciro vem de duas importantes derrotas. Em 2022, foi um dos responsáveis pela indicação de Roberto Cláudio (PDT) ao governo do Estado – tirou o terceiro lugar.
No mesmo ano, ficou em quarta colocação para a Presidência da República – também perdeu no Ceará.
Dois anos antes (2020), também coube a Ciro parte da força que lançou o atual prefeito de Fortaleza e pré-candidato à reeleição, José Sarto (PDT).
Tudo considerado, 2024 será o ano em que o ex-governador lançará todas as suas fichas. Disso dependerá sua sobrevivência política.