Em 2020, o PDT lançou cinco pré-candidatos a prefeito de Fortaleza: José Sarto, Salmito Filho, Samuel Dias, Ferruccio Feitosa e Idilvan Alencar.
Siga o Poder News no Instagram.
Depois de uma série de debates internos e exposições de mídia, Sarto, atualmente pré-candidato à reeleição, foi o ungido para ser o candidato do grupo.
Um dos argumentos que circulou, abundantemente, no afunilamento final, era o fato de Sarto ser o presidente de um dos Poderes no Estado – a Assembleia Legislativa.
Ele era, portanto, o preferido, de antemão. Os demais entraram, como um interlocutor da coluna dizia à época, “somente para embaralhar” – sem nenhum detrimento, registre-se, do perfil dos demais.
É mais ou menos a mesma lógica que vem se dando, desde o ano passado, quando surgiram as primeiras especulações sobre o atual presidente da Assembleia, Evandro Leitão, ainda filiado ao PDT, vir a disputar a sucessão de Sarto.
Desde então, o deputado estadual cumpriu ritos: aproximou-se ainda mais dos caciques petistas do Estado, filiou-se à legenda e intensificou os movimentos de pré-candidato.
Agora, entrando nas últimas curvas da volta de apresentação, Evandro vem recebendo bandeiradas de chapas e grupos que detêm força entre votantes.
O processo pró-Evandro de 2024 é, portanto, semelhante ao de Sarto, quatro anos atrás – só que com outros personagens, ritmos e contexto político.
Danos políticos não podem ir para a campanha eleitoral
Tudo dando certo e nada dando errado – para quem defende a tese –, Evandro Leitão deverá representar o PT na corrida pela Prefeitura de Fortaleza.
Antes mesmo do desfecho, porém, um trabalho hercúleo de contenção de danos políticos deverá entrar em campo.
A grande pergunta é: como reagirão os demais pré-candidatos?
Há, basicamente, dois tipos: os que aceitarão um bom acordo e os que dependem do barulho para sobreviver.