Fundado em 1989, o Grupo de Resistência Asa Branca (Grab) foi homenageado na última sexta-feira, 16, durante sessão solene no Plenário 13 de Maio da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
A solenidade foi realizada por iniciativa da deputada Larissa Gaspar (PT), que lembrou que, nesses 34 anos de atuação, o Grab coloca na ordem do dia a defesa dos direitos das populações LGBTQIA+, a defesa dos direitos humanos, da cidadania, da cultura, da saúde, da educação.
A parlamentar lembrou os desafios que essa população enfrenta em meio aos preconceitos e violências que acontecem no seio familiar, no mercado de trabalho, em locais públicos e até no sistema de saúde e no ambiente escolar.
“O Grab levanta todas essas bandeiras, para garantir visibilidade, cidadania e uma existência digna às populações LGBTQIA+ aqui no Estado. A gente fica muito feliz de fazer esse reconhecimento ao Grab. Todas as ações que a gente puder a gente vai fazer para fortalecer o movimento, dar visibilidade, derrubar preconceitos”, afirmou a deputada
A presidente do Grupo de Resistência Asa Branca, Dary Bezerra, agradeceu pela homenagem aos mais de 30 anos de trabalho do Grab
“Hoje estamos vivas e podemos fazer lutas e enfrentamentos na sociedade porque muitas construíram esse processo de resistência, deram os primeiros passos”, afirmou Dary
Também entre as homenageadas, a ativista e empresária Lena Oxa, declarou que o reconhecimento é muito gratificante. Ela contou sua história e vivências em outros estados e fora do Brasil, seus desafios enquanto empreendedora e apresentadora de TV, durante 20 anos.
“Eu não vim ao mundo para ser qualquer uma. Eu vim para representar, eu vim para ser Lena Oxa, para poder brigar, para lutar e ter meu nome conquistado hoje aqui nessa homenagem. Dizem que as travestis só vivem até os 35 anos, mas eu consegui driblar isso. É a minha luta, meu amor pela arte e pela vida”, disse a homenageada
Também receberam homenagens o assistente social e membro do Grab Elízio de Araújo Loiola; o fundador da primeira associação LGBTQIA+ de Maracanaú, França Lima; a primeira doutora travesti do Brasil, a professora Luma Nogueira de Andrade, e o Grupo Tambores de Safo.
A solenidade contou ainda com as apresentações da artista Laila Sá e do Grupo Tambores de Safo. Também estiveram presentes à sessão solene a coordenadora especial de Políticas LGBT da Secretaria da Diversidade (Sediv), Viviana Mesquita; a coordenadora especial de Diversidade Sexual da Prefeitura de Fortaleza, Andrea Rossati; a presidente da organização Cenapop, Labele Silva; a representante do Grupo Tambores de Safo, Lidia Rodrigues.