Segundo entidade setorial, 26% do aço consumido no país foi importado / Reprodução

Empresas do setor siderúrgico anunciaram, nesta segunda-feira, 20, um investimento de R$ 100,2 bilhões no Brasil até 2028.

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O valor foi divulgado em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin e a equipe econômica, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Contudo, os detalhes sobre os investimentos não foram divulgados.

Nas redes sociais, o presidente Lula comemorou a decisão do setor siderúrgico.

“Voltamos a ser um país atrativo para novos investimentos e mercados”, escreveu.

O vice-presidente Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, ressaltou que os investimentos são consequência das políticas do governo de apoio ao setor siderúrgico.

“O resultado são R$ 100 bilhões em investimentos, melhorando a competitividade, gerando descarbonização, emprego e renda”, afirmou.

Uma das políticas fiscais aplicados no setor é a imposição de cotas de importação.

Há ainda dez investigações comerciais em curso.

Segundo o vice-presidente, a política de apoio ao aço ajudará a diminuir a ociosidade no setor siderúrgico.

“Houve uma grande preocupação em relação à importação de aço. Nos últimos anos, teve um crescimento muito grande da importação, levando à ociosidade uma indústria de base importante”, acrescentou Alckmin.

Ele ressaltou que o aço brasileiro poderá ser usado pela indústria automotiva, que nos últimos meses anunciou investimentos no país.

Controle fiscal
O Governo Federal anunciou, em abril, cotas de importação para 11 tipos de produtos de aço.

Caso o volume máximo seja superado, eles pagarão 25% de Imposto de Importação para entrarem no país.

A publicação é válida por 12 meses.

A medida tem como objetivo evitar a concorrência desleal com o aço nacional.

Segundo o Instituto Aço Brasil, de janeiro a março, o Brasil importou cerca de 1,3 milhão de toneladas de aço.

A alta é de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

O setor afirma que, no ano passado, 26% do aço consumido no país foi importado. Desse material, 58% veio da China.

Outra disparidade é no grau de investimentos e geração de empregos.

De acordo com o Instituto, o setor investiu R$ 162 bilhões em 15 anos e emprega 2,9 milhões de pessoas.

No entanto, as siderúrgicas nacionais operam com cerca de metade da capacidade instalada.

A produção alcança 26,6 milhões de toneladas, diante de um potencial de 51 milhões.

*Com informações da Agência Brasil.

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