

Há alguns motivos que levam a exonerações em postos de comando em governos. Os mais conhecidos são:
Siga o Poder News no Instagram.
Questões políticas: o chefe precisa da vaga para acomodar aliados, o ocupante está desgastado ou na mira de alguma denúncia;
Causas administrativas: há frustração nos resultados apresentados. Por inépcia ou carência de liderança assertiva, houve desempenho ruim.
Determinação legal: são os casos de desincompatibilização para efeito de elegibilidade, em anos eleitorais.
A expressiva mudança na cúpula do governo, anunciada por Elmano de Freitas (PT), nesta segunda-feira, 27, dá um passeio em quase todo o cardápio acima.
Foi, até aqui, a maior alteração em secretarias e órgãos estaduais do atual governo.
Por óbvio, a maioria das exonerações/nomeações foi programada. Não se faz uma mudança desse tamanho de improviso, da noite para o dia.
As apostas
Governo nenhum gosta de mexer em suas equipes. Entrosamento, projetos em andamento e visão de longo prazo, por exemplo, são bons ativos.
Na outra ponta, há o custo de aprendizagem – para ficarmos somente nesse aspecto.
Semanas depois, quando quem chega tomar pé da situação, o mundo já girou muitas vezes.
E tempo é do que governos não dispõem muito.
Mas estamos à beira de uma disputa eleitoral, à qual o governo Elmano dispensará o máximo de atenção e empenho.
Aqui, depende do ângulo de visão.
Alguns dirão que as mudanças foi uma jogada arriscada, a essas alturas do ano eleitoral.
Nem tanto, dirão outros.
Provavelmente, mais importante do que os entrantes ao governo seja, nesse momento, os que ficarão à disposição do projeto.
Nesse sentido, nem será surpresa se um ou outro retornar ao organograma do Palácio da Abolição, depois da disputa eleitoral.
Não será a primeira vez que isso acontece.