Político esteve no Congresso prestando homenagens ao avô / Lula Marques/ Agência Brasil.

Em sessão solene na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 2, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, sugeriu a necessidade de ampliar a autonomia da instituição ao dizer que é difícil ter apenas autonomia operacional.

Campos Neto participou de uma sessão em homenagem ao seu avô, o ex-senador, ex-deputado, ex-ministro e economista Roberto Campos. Se estivesse vivo, Roberto Campos faria 106 anos hoje.

“Hoje, depois de algum tempo a frente do BC com autonomia operacional, eu vejo a dificuldade que é ter autonomia operacional sem ter autonomia administrativa e financeira”, destacou.

A lei sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em fevereiro de 2021 concedeu autonomia operacional, administrativa e financeira ao Banco Central.

Especialistas

Estas liberdades, entretanto, não são plenas, conforme explica o professor de economia da Universidade de Brasília, César Bergo.

Segundo ele, a autonomia financeira se dá quando a autarquia tem total recolhimento de recursos capaz de fazer frente a suas despesas e esse não é o caso do BC.

“Então o Banco Central ainda depende de uma cobertura financeira por parte da União”, explicou.

O economista acrescentou que o BC também não tem plena autonomia administrativa.

“Em função de situações que envolvem a gestão do Banco Central em si, como em relação a recompor os quadros de técnicos e a dificuldade de atrair bons profissionais”, disse.

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