No Ceará, a taxa de analfabetismo entre a população quilombola é de 26,38%.
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O índice é o quarto maior entre os estados brasileiros.
Além disso, a quantidade de pessoas quilombolas que não sabem ler é quase o dobro da média nacional, avaliada em 14,12%.
Os dados constam no Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE considerou, no cálculo, os quilombolas de 15 anos ou mais.
Segundo pesquisa, até os 24 anos, a diferença entre a taxa de alfabetização da população residente e da população quilombola é inferior a 2 pontos percentuais.
Nas faixas seguintes, a diferença se amplia, evidenciando significativa quantidade de quilombolas adultos sem saber ler.
O analfabetismo é mais acentuado na faixa de quilombolas de 65 anos ou mais de idade. A diferença chega a 28,25 pontos.
Dentre os 66 municípios pesquisados, a comunidade Sítio Arruda, entre Araripe e Salitre, no Cariri, é o sexto território do país com a menor taxa de alfabetização de quilombolas.
O território possui apenas 52,13% de seus residentes quilombolas alfabetizados.
População
Conforme censo de 2022, no Ceará, existem 23.994 pessoas que se identificam como quilombolas.
O quantitativo representa 0,27% da população residente no estado.
Contudo, apenas 4.609 pessoas (19,21%) moram dentro de um dos 15 territórios oficialmente delimitados.
Desta forma, mais de 80% dos quilombolas cearenses estão fora de áreas legalmente reconhecidas.
O IBGE aponta que existem 181 agrupamentos quilombolas espalhados em 68 cidades.