Relatora Dorinha Seabra (União-TO) apresentou 74 emendas; uma delas incluiu ampliação da carga horária / Reprodução/Agência Senado

A Comissão de Educação do Senado aprovou, nesta quarta-feira, 19, o projeto de lei que institui o novo Ensino Médio no Brasil.

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O projeto entrou na pauta da Comissão de Educação do Senado no último dia 11 de junho.

O texto do PL 5.230 de 2023 segue agora para análise do Plenário, com pedido de urgência para análise.

A relatora da proposta, a senadora Dorinha Seabra (União Brasil-TO), apresentou matéria com reformulações de acordo com o Ministério da Educação, comandado por Camilo Santana (PT).

No texto, estão mudanças como a carga horária de 2.400 horas para formação geral básica e 600 horas para o itinerário de matérias optativas.

Atualmente, as três mil horas do ensino médio são divididas entre 1800 horas de disciplinas obrigatórias e 1.200 horas optativas.

Ainda, o plano é que a ampliação seja feita de forma gradual.

Entre 2025 e 2028, o Governo espera que a carga horária para a formação geral básica atinja o piso de 2.200 horas.

As 2.400 horas deveriam ser alcançadas pelas escolas somente em 2029.

Mais mudanças
O projeto também prevê a expansão da carga horária total dos cursos de Ensino Médio com ênfase em formação técnica e profissional.

A partir de 2029, cursos técnicos de 800, 1.000 e 1.200 horas sobem para 3.200, 3.400 e 3.600 horas.

Atualmente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece 3 mil horas para a modalidade.

Outras mudanças propostas são a obrigatoriedade do ensino de espanhol no currículo e a execução de matérias técnicas por profissionais sem formação oficial.

As alterações poderão impactar o aprendizado de cerca de oito milhões de estudantes que estão cursando o ensino médio.

A relatora do projeto afirmou que o documento é um esforço coletivo para garantir o direito à educação.

“Não é um documento findado, acabado, muito menos que reflete individualmente nenhum de nós. Mas um esforço de mudança, de garantia do direito. Do direito de aprender, do direito à educação que todos nós acreditamos”, disse Dorinha Seabra.

Reforma
A última reforma do ensino médio ocorreu durante o Governo de Michel Temer, em 2017, por meio da Lei 13.415.

À época, levantou a necessidade de itinerários formativos e área de interesse que os estudantes podem escolher nos três anos finais da educação básica.

No entanto, os itinerários receberam muitas críticas por proporem conteúdos e atividades de pouca valia aos estudantes.

A atual proposta de reforma fortalece os itinerários formativos, mas articulando-os com as quatro áreas de conhecimento previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

*Com informações da Agência Senado.