Alunos devem cumprir 3 mil horas de aula no ensino médio / Reprodução/Gov. do Ceara

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira, 9, novas mudanças na reforma do ensino médio.

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A proposta já tinha sido analisada pelo Senado e agora será enviada à sanção presidencial.

O texto final foi produzido pelo deputado Mendonça Filho (União-PE).

A proposta mantém o aumento da carga horária da formação básica de 1,8 mil para 2,4 mil horas nos três anos do ensino médio convencional.

A carga horária total do ensino médio continua a ser de 3 mil horas nos três anos.

Para completar a carga total nos três anos, os alunos terão de escolher uma área para aprofundar os estudos com as demais 600 horas.

A escolha poderá ser entre um dos seguintes itinerários formativos: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias ou ciências humanas e sociais aplicadas.

A proposta tinha recebido alterações no Senado Federal, que foram derrubadas pelos deputados.

Entre elas, trecho que obrigava o ensino médio a ter no mínimo 70% da grade como disciplina básica e apenas 30% para os itinerários formativos.

Mendonça excluiu esse ponto e, assim, os itinerários formativos poderão abranger mais que 30%.

Mendonça Filho também foi contra a inclusão do espanhol como idioma obrigatório, por criar despesa pública de caráter continuado aos estados.

Segundo ele, o espanhol pode ser obrigatório, desde que a rede estadual adote isso.

“Não dá para impor essa regra ao Brasil todo”, afirmou.

O deputado Felipe Carreras (PSB-PE) apresentou um recurso para retomar a obrigatoriedade.

Ele ressaltou que o espanhol não é uma imposição de língua obrigatória, mas apenas uma opção em relação ao inglês.

“Não estamos obrigando os estudantes a escolher a língua espanhola: 70% dos estudantes que fazem o Enem escolhem o espanhol”, afirmou.

*Com informações da Agência Brasil e Agência Câmara.