Maduro teve reeleição proclamada por autoridade eleitoral / Leonardo Fernandez Viloria/Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mandou os Estados Unidos “tirarem o nariz” do país.

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Afirmação veio depois de o chefe da diplomacia em Washington, Antony Blinken, reconhecer vitória da oposição nas eleições presidenciais do último domingo, 28.

“Os Estados Unidos saem para dizer que a Venezuela tem outro presidente. Os Estados Unidos devem tirar o nariz da Venezuela, porque o povo soberano é quem governa na Venezuela, quem nomeia, quem escolhe”, disse Maduro.

O chavista foi proclamado reeleito pela autoridade eleitoral em meio à denúncias de fraude da oposição.

Segundo apuração do Conselho Nacional Eleitoral, Maduro venceu o pleito com 51% dos votos contra 44% de González Urrutia, seu principal opositor.

Em coletiva, após o comentário de Blinken, Maduro acusou os Estados Unidos e a imprensa estrangeira de incitar uma “guerra civil” na Venezuela.

O presidente descreveu Urrutia como um “Juan Guaidó Parte 2”.

A fala é uma referência ao ex-líder da oposição que se declarou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido pelos Estados Unidos.

Ainda, Guaidó não conseguiu destituir Maduro do poder.

Contestação
Na última quinta-feira, 1º, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o candidato opositor venezuelano, Edmundo González Urrutia, venceu as eleições presidenciais.

“Dada a esmagadora evidência, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia ganhou a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, disse Blinken em um comunicado.

O conselheiro estadunidense afirmou ainda que os partidos venezuelanos devem começar discussões sobre uma transição “respeitosa e pacífica”, seguindo a “lei eleitoral e os desejos do povo venezuelano”.

O anúncio dos EUA ocorreu após apelos de outros governos, como o Brasil, para que as autoridades eleitorais divulguem as contagens detalhadas de votos.

*Com informações das agências AFP, WP e Estadão.

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