O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio na lista de procurados da Interpol.
A determinação foi feita à Polícia Federal (PF) e está em sigilo.
O instrumento serve para que países que têm cooperação com o mecanismo possam localizar e prender provisoriamente procurados pela Justiça.
Oswaldo Eustáquio é investigado em inquéritos no STF, como o das Fake News e o dos Atos Antidemocráticos.
Em nota, a defesa disse que o pedido para inclusão do nome do blogueiro na lista da Interpol é inofensivo.
Segundo o advogado Ricardo Freire Vasconcellos, Eustáquio pediu proteção política ao governo do Paraguai, e, portanto, é hoje “oficialmente um refugiado”.
O caso
Em dezembro, Moraes havia determinado a prisão de Eustáquio, atendendo pedidos feito pela PF e pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O blogueiro chegou a ser abrigado no Palácio da Alvorada durante atos de vandalismo realizados em 12 de dezembro, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília.
Na ocasião, ele declarou que não foi à residência oficial da Presidência da República com medo de ser preso.
O mandado também mirou Bismark Fugazza, sócio de Eustáquio, que acabou preso.
Na ocasião, a polícia paraguaia, em ação conjunta com o Brasil, chegou até eles no momento em que a dupla estava fazendo transmissão de vídeo na internet.
De acordo com fontes da PF, apesar da ordem de prisão pesar, o mandado de Eustáquio não foi cumprido devido ao pedido de asilo político, que está em análise pelas autoridades do Paraguai.