Com a atual configuração, o espectro político da centro-direita na Capital do Ceará caminha para permitir que o prefeito José Sarto (PDT) seja reeleito ou que a gestão seja entregue ao PT, a partir de 2025.
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No último sábado (8), o senador Eduardo Girão (Novo) lançou a pré-candidatura dele ao Paço Municipal; dois dias antes, Capitão Wagner (União Brasil) fez o mesmo. No dia 11 de abril, André Fernandes (PL), idem.
Ou seja, oficialmente, até aqui, tudo indica que será cada um por si. E, como já dito algumas vezes, são remotas as chances de Wagner, André ou Girão, cada um isolado, chegar ao segundo turno. Vejamos.
Ainda líder das pesquisas de intenção de voto, Wagner sofre forte tendência de queda; André será alvo fácil da centro-esquerda e Girão não conseguirá falar para além da bolha. Esse é o retrato nu e cru da trinca.
Claro que há variáveis que podem fazer com que ínfimas fatias do eleitorado flutuem entre os dois grandes campos ideológicos – centro-direita e centro-esquerda.
O centro, propriamente, como se sabe, há anos deixou de existir no País. Isso quer dizer que Wagner, André e Girão, na média geral, disputarão o mesmo voto. Eis o drama.
União Brasil e PL negociam; Girão estaria irredutível
Se depender de André Fernandes, ele via até o fim na briga pela sucessão de Sarto.
Se der certo, o jovem deputado federal ganha tudo. Se não der, não perde nada.
Em meio a este cenário, o União Brasil de Wagner e o PL de André negociam, no plano nacional.
Há um esforço para que André seja convencido a abdicar da candidatura. É possível que isso aconteça.
Já Eduardo Girão estaria convicto de que deve lançar o nome. O senador do partido Novo estaria irredutível.
Cenário poderia ser muito pior
Ao comentar o impasse na centro-direita em Fortaleza, um interlocutor da Coluna lembra o seguinte: o cenário poderia estar bem mais complicado.
Se PDT e PT não tivessem brigado em 2022 – a partir daí cada grupo seguiu seu rumo e, atualmente, são arquirrivais –, a sucessão do prefeito José Sarto (PDT) seria um passeio.
A mesma fonte avalia que a centro-direita, chegando ao poder na Capital, em 2024, a corrida de 2026 será competitiva.
E caso dê PDT ou PT, continua, esse espectro ideológico perderá força no Estado.